A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NO DIREITO
No do campo do direito, a comunicação desempenha um papel fundamental para assegurar a compreensão e a justiça. Entretanto, frequentemente, a linguagem jurídica é marcada por uma terminologia complicada e elaborada, tornando-se um desafio para aqueles que estão fora deste contexto. O artigo de Rodrigo da Cunha Pereira, intitulado "Falar Bonito, Inclusive no Campo Jurídico, é Falar Simples", enfatiza a relevância de uma comunicação clara e de fácil acesso, especialmente em um ambiente onde as decisões afetam diretamente a vida das pessoas. A demanda por uma maior clareza no discurso jurídico reflete um problema estrutural: a elitização do conhecimento. A linguagem do direito, marcada pela complexidade e por um excesso de termos técnicos e formalidades, frequentemente atua como um obstáculo à inclusão e à democratização do acesso à justiça. Esse cenário não só afasta o cidadão comum, mas também pode dificultar a compreensão entre profissionais da área, levando a interpretações equivocadas e a conflitos desnecessários. Em contraste, ao utilizar termos mais simples e diretos, o advogado desempenha sua função social ao tornar o sistema mais transparente e acessível. As repercussões de uma comunicação jurídica que não é clara vão muito além do aspecto técnico. Quando o cidadão não consegue entender os termos de um contrato, de uma decisão judicial ou de uma norma, ele se encontra em uma posição vulnerável. Essa situação contrapõe-se aos princípios de equidade e justiça que o Direito se propõe a defender. Ademais, a descomplicação da linguagem jurídica não implica em descuido técnico, mas reflete um compromisso ético com a compreensão e a eficácia da comunicação. É viável e necessário alinhar a precisão técnica à clareza da linguagem. Em síntese, expressar-se de maneira eloquente no âmbito jurídico não significa empregar termos complexos ou elaborar discursos intrincados, mas, sim, assegurar que a mensagem seja entendida por todos, independentemente de seu nível educacional. Como salienta Rodrigo da Cunha Pereira, a simplicidade na comunicação é uma prova de respeito e responsabilidade social. Ao utilizar uma linguagem mais acessível, os profissionais do Direito não apenas exercem suas funções técnicas, mas, também, reforçam os fundamentos de um sistema jurídico mais equitativo e inclusivo.
Mirella Araújo Silva - Acadêmica do Curso de Direito – 1º Semestre
Dra. Mariel S. Haubert - Professora e Coord. do Núcleo de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão/NPPGE
Faculdades Integradas Machado de Assis/FEMA